Parque Estadual Guartelá - Canyon do rio Iapó -Tibagi, Pr
Andando por aí muitas vezes passei perto do Canyon Guartelá sem visitá-lo. Um dia conversando com a turma de corrida de rua do http://www.studiocarpediem.com.br/ agendamos uma ida ao parque para conhecer. Não deu certo, pois as pousadas estavam lotadas na época escolhida. Mas marcamos outra data e la fomos apesar da previsão de muita chuva na região. Localizado na PR 340 entre Tibagi e Castro. Na programação procuramos uma pousada em Tibagí 220 km de Curitiba, e 19 km da entrada do parque e dá todo o apoio em hospedagem e alimentação. No parque mesmo não tem nada. É preciso levar comida e bebida dependendo do tempo pretendido no parque. É o sexto em extensão mas não é possível percorrer todo o canyon do rio Iapó. Como curiosidade é interessante de onde veio o nome Guartelá. Segundo uma lenda um morador local dizia a um compadre "Guarda-te-lá que cá bem fico" em relação a ataques por índios habitantes na região.
Este portal não é do parque. É da cidade de Tibagí. Cidade pequena, pacata que vive da agricultura e do turismo gerado pela visitação ao parque. A primeira impressão foi de uma cidade morta, mas não sabíamos que neste dia estava acontecendo um dilúvio no resto do estado do Paraná. Por isto pouca gente na cidade. Parece que só não choveu lá. Muita sorte. Mas aprendi que o canyon deve ser visitado com muito sol. A iluminação é fundamental para uma boa visualização da paisagem e fotografia.
Este portal não é do parque. É da cidade de Tibagí. Cidade pequena, pacata que vive da agricultura e do turismo gerado pela visitação ao parque. A primeira impressão foi de uma cidade morta, mas não sabíamos que neste dia estava acontecendo um dilúvio no resto do estado do Paraná. Por isto pouca gente na cidade. Parece que só não choveu lá. Muita sorte. Mas aprendi que o canyon deve ser visitado com muito sol. A iluminação é fundamental para uma boa visualização da paisagem e fotografia.
Como chegamos no sábado lá por 14:00 hrs e ainda almoçar deixamos para visitar o canyon no domingo pela manhã por ser o passeio de maior tempo de visitação. Então vimos nos folhetos turísticos as cachoeiras ou saltos como ele os chamam. e escolhemos o Salto Puxa Nervo. No caminho é possivel visitar o Parque Ecológico Passo do Risseti. A casa foi construída por Miguél Klempons, ucraiano como a cor da pintura já diz, em 1926. É uma atração também relacionado a caminhada por trilhas pela mata nativa as margens do lago do Arroio São Domingos.
Não perdemos muito tempo pois a atração era o Salto Puxa Nervo. o nome vem do arroio Puxa Nervos. Com 40 metros de queda fica no meio da mata sendo preciso percorrer uma pequena trilha sem dificuldades. Com as chuvas que não sabíamos, desconfiamos ter chovido muito pelo volume de água e o barulho que nos atraia meio que na corrida. Queríamos chegar até ela mas ao nos aproximarmos já sentíamos que não seria possível. O barulho era muito alto e o volume intenso. A descrição é de várias piscinas naturais e uma queda de água limpa com possibilidade de rapel.
Mas valeu a sensação de força da natureza com o deslocamento de ar devido ao volume. Estavamos só nós e aos poucos entendíamos que tinha chovido muito mesmo. Então o passeio foi brincar com a névoa, para não molhar a câmera fotográfica .
Na trilha bem ao pé do Salto puxa Nervo uma ponte e fim da linha. Dali para a frente só para quem quisesse tomar banho sem entrar na água. Recomendo a visita em um dia de sol e se possível no verão.
Não tendo muito o que fazer devido a chuva que não vimos os serviços oferecidos no local estavam suspensos. Rapel e passeio de cavalos são pagos além da taxa de R$ 5,00 por pessoa para entrar na propriedade onde fica o salto. Pegamos a estrada de volta. Com 17 km , metade do caminho de cascalho com média conservação e o restante com pedras irregulares fomos para a pousada nos prepararmos para o jantar que irria acontecer em um dos restaurantes da cidade ao redor da praça.
Sem muita dificuldade é só escolher um deles para jantar e voltar para a pousada descansar para o dia seguinte. Descansar nada, levamos vinho e taças para ficar batendo um papo até bater o sono. Quanto às pousadas, o serviço é fraco não tendo nem uma garrafa de água mineral para servir. Se possível pagar a Pousada Itagy é única com estrutura completa para bem atender. para as outras vá preparado.
De posse de um mapa na mão partimos na manhã de domingo para o Parque Estadual do Guartelá. É bom ter um por ser a sinalização muito ruim ou pior, está toda pichada ou faltando pedaços. Sem noção e orientação do mapa será difícil chegar. Veja esta na saída da cidade.
faço questão de postar esta foto por para mostrar a todos o descaso do governo mediante a beleza do Canyon Guartelá. É pura falta de visão por parte de quem administra o parque (Governo do Estado e IAP). Todo mundo sabe que o turismo se bem trabalhado é um meio de desenvolvimento e geração de renda fantástico. Mas infelizmente o abandono é motivo de revolta. Mas tudo bem e vamos por nossa conta mesmo e aproveitar o passeio da forma que dá.
Ao chegar, uma caminhada ladeira abaixo. Na ida é fácil. perna descansada, sem precisar fazer força é só caminhar. deste ponto a paisagem é da mata nativa característica única do parque entre os demais canyons no mundo. Nesta parte é olhar para longe e curtir a companhia.
mais uma vez a chuva do dia anterior mudou a paisagem com o "panelão" cheio de água e as lajes de pedra que normalmente estão aparentes cobertas formando mais quedas com muito barulho. Outro ponto interessante da época é a coloração da vegetação apresentando tons de marrons e vermelhos misturados ao verde, característico do outono.
o terreno é formado por arenitos que também apresentam coloração avermelhado, que se visto com bons olhos gera uma bela fotografia. neste momento é que o verão ajudaria a permitir deitar nesta água, mergulhado em um buraco do "panelão" onde o banho é permitido em dias normais. Hoje, nem pensar. As quedas são altas e o risco é grande.
Um dos principais locais com vista do canyon é este com parada obrigatória para foto, selfies... Aqui a vista do rio com a mata e os arenitos fazem ficar um bom tempo contemplando tudo. Não pode ter pressa. Aproveitar a paisagem é a grande recompensa do passeio. Crianças mesmo sendo permitido acima de 6 anos, só amarradas aos pais. Não tem proteção e uma queda pode ser fatal.
Ficar olhando a paisagem... Ah, como é bom esvaziar a mente e ficar só sentindo o vento batendo no rosto ! Sem pensamentos, são só sentimentos, sensações por fazer parte de algo que muitos estão deixando de perceber. Ah...paisagem, como gosto de te ver ! Tudo isto não tem preço.
Vamos para a frente, por mais caminhos que a cada ponto faz correr para chegar ao próximo. Erramos por fazer tudo muito rápido. Deveríamos ficar mais tempo em cada ponto. Curtir mais a beleza de cada paisagem. O Parque oferece dois passeios. Uma trilha com 6 km pode ser visitado livremente com o acompanhamento em dois pontos por oferecer certo risco, monitorado por guardas-parque com rádio para qualquer emergência. Oferece a vista cartão postal do canyon do rio Iapó, a cachoeira da Ponte de Pedra e o "Panelões do Sumidouro", buracos nas lajes onde a água some pelo fundo e o Mirante. Este percurso pode ser feito em 2 a 3 horas dependendo do tempo de contemplação em cada ponto. A outra trilha que é a chamada de completa, 8 km além da trilha básica, deve ser agendada com antecedência pois requer o acompanhamento direto de um guia do parque. São mais 3 a 4 horas de caminhada. Volto para fazer pois acredito que deve oferecer uma vista de pontos belíssimos, Portal das pedras, Arenito dos Gaviões e as pinturas rupestres.
A cachoeira da Ponte de Pedra só pode ser vista de longe. São 180 metros de queda e também é um ponto de rara beleza. As águas do Lajeado do Pedregulho escavaram uma passagem por baixo do arenito formando uma passagem natural sobre o rio. vale deitar e ficar olhando a água cair.
Ponto de tirar muitas fotos. comentar o que já foi visto e sentir a vontade de ficar lá sem voltar para casa.
Bons olhos podem ver esta capela escondida na vegetação da casa de um morador do parque. Não vimos ninguém por lá mas ao sairmos vimos soltar uma vaca no gramado antes da trilha de volta a sede dos guardas. Também não explorada, ficando cercada e fechada sem acesso.
Junto da capela, este pinheiro (araucária ) deixa suas raizes expostas. O terreno é formado por arenito e neste ponto a areia está solta. Com a chuva, a areia foi retirada e mesmo assim a araucária continua firme lá.
No meio de tudo isto o abandono passa a ser bonito, mas não por muito tempo porque vai apodrecer. A carroça se perder junto com os troncos das árvores secas. Pena que é tratado desta forma. Poderia ser restaurada e protegida para ficar exposta a todos os visitantes junto à capela, e as raízes da araucária.
Hora de ir embora do parque e encarar a subida desanimadora já com as pernas moles depois dos 5,5 km de sobe e desce sobre pedras e trilhas. O guarda-parque perguntou se precisava de um carro para levar a "senhora" minha esposa !!! Muita gente não consegue subir e apela para o carro do parque. Questão de honra para quem corre em corridas de rua subir e chegar sem "por a língua de fora".
Hora de fazer um xixi e ir embora. E bom lembrar que no parque não tem telefone e sinal de celular. Isto significa que aqui é a divisa de onde nada importa, onde não tem noticia ruim, buraco no asfalto, nem placa pichada.
Aqui não tem dia, não tem horário, pois tudo permanece de acordo com a natureza. Achei este relógio solar em um jardim da casa do turismo na entrada da cidade de Tibagí. Por que estava lá ? Não sei , mas está no lugar errado. Tantas outras coisas poderiam ser encontradas e apreciadas mas para isto vai ser preciso continuar andando por aí para achar !
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