ARMAÇÃO dos BUZIOS - Rio de Janeiro
sou o mar
Sou quem escolhe por um momento
soltar as amarras, largar
sentir o vento
enfrentar as ondas batendo no casco,
faz a alegria
sou eu feliz tendo você no pensamento
sou eu triste quando sem navegar
sou eu com você um só
sou eu, você
o barco e o mar
(Carlos Zanicotti)
(Carlos Zanicotti)
Sentido Rio de Janeiro - Buzios , são aproximadamente duas horas de viagem fora da temporada e feriados. No verão e feriados só Deus sabe pois a fila começa na ponte Rio/Niterói e vai até a entrada de Búzios. Dali para a frente também não anda e a fila vira um stress. É um cortando a frente do outro. Quem não tem paciência que fique preparado. Após cruzar a ponte Rio-Niterói, pegar à esquerda no sentido Rio Bonito. Pouco depois de Rio Bonito, virar à direita - Via Lagos, sentido Araruama/Cabo Frio (Região dos Lagos). Ao terminar a Via Lagos, continuar por 5 km e subir um pequeno viaduto de acesso à RJ-106, e pegar a direção Macaé/Búzios. Após 14 km depois do posto de gasolina, entrar à direita e seguir por cerca de 10 minutos até Manguinhos e Búzios.
Esta é a ponte do canal que serve uma das marinas da cidade. Foi construida assim para os barcos passarem por baixo. A cidade é repleta de marinas e para quem quer praticar ou aprender a velejar, o Búzios Vela Clube, em Manguinhos, oferece cursos de barcos à vela e estrutura de apoio para o velejo. Lá funciona a escolinha Bimba Windsurf, administrada pelo campeão mundial, com turmas que reúnem alunos dos 5 aos 65 anos. Já a Happy Surf, na praia da Ferradura, além de windsurf, oferece aulas laser e hobie cat 16. O espaço também aluga equipamentos e caiaques.
A lua em Buzios. Apreciar a lua mesmo quando não é cheia é um espetáculo a parte.
Aqui não vou ganhar pela divulgação do Buzios Resort, mas confesso que passamos uma temporada muito boa. As instalações são confortáveis e a paisagem é privilegiada com frente para o mar. Para quem não gosta de agito, é perfeita. Para quem gosta, pegue o carro e vá bem cedo para não ficar preso no congestionamento. A noite todo mundo vai para a vila no centro da cidade.
Esta é a praia Rasa depois do canal para quem chega sentido Buzios. O mar calmo e os bons ventos atraem windsurfistas e kitesurfistas, que lá encontram também dois clubes de vela, motivo pelo qual fiquei animado em me instalar no Resort.
Vista da Ilha Rasa em frente ao Buzios Resort na praia Rasa (coninuação da praia de Manguinhos).
Armação dos Buzios é uma peninsula que avança mar a dentro fazendo com que os ventos soprem constantes e forte. Recebendo de um lado correntes marítimas do Equador de um lado e correntes marítimas do pólo sul do outro, Buzios consegue oferecer praias tanto de águas mornas quanto de águas geladas. Entre as principais praias, destacam-se Geribá, João Fernandes, Ferradura, Armação, Manguinhos, Tartaruga e dos Ossos. O vento sopra quase sempre a partir do leste, trazendo chuva e tornando a cidade no estado do Rio ensolarada e com raras chuvas e uma média de 26° C.
Olhar a paisagem que se desmancha junto as praias é fazer o dedo clicar na câmera fotográfica a cada minuto. Uma mais bonita que a outra, pois a combinação de céu, pedras e o mar é para mim facinante.
A noite o agito é na vila, batendo perna de um lado para outro, entrando e saindo nas lojas que ficam abertas até as 22:00 horas, e terminar tomando um chopp num boteco qualquer.
Se não comprar nada na noite, pode ficar tranquilo, durante o dia na praia você consegue tudo que precisa como chapéus, cangas, brincos, biquinis...
Como venta muito é é um fator importante para a prática de esportes no mar, não pode faltar as "birutas".
Surfar sem antes olhar para uma "biruta" pode significar carregar a prancha de um lado para outro. Dependendo do vento as praias recomendadas para a prática ficam sem ondas e aí o jeito é voltar para a areia e comer um acarajé, que mesmo sem estar na Bahia, faz um bem danado acompanhando a cerveja que vai no isopor com muito gelo.
Junto com o acarajé, vem as bijuterias
De todo tipo e gosto, a dificuldade é escolher uma. Tem que ser forte para não comprar. Mulher é danada, não pode ver um enfeite que tem que comprar. Não acho ruim. Gosto delas bem coloridas e enfeitadas. É como carro sem calotas e cromados ! hahahaha
sou eu o mar
A muito tempo tenho este Holder 12 e carrego ele para todo lado. Um dia o meu irmão Marco chegou e perguntou se eu queria comprar um veleiro e respondi que queria claro, quem não quer, mas quanto isto custaria. Não sabia do que ele estava falando, mas como todo curioso, quis saber que veleiro era. Ele também não sabia, mas me contou que era $ 150,00 Cruzeiros, Cruzeiros novos ou a mesma coisa que em Reais hoje. Achei muito pouco por um veleiro. Não resisti e fui ver. Estava na casa de um amigo dele jogado em cima de uma carreta toda enferrujada. O veleiro? Bem não era "aquele veleiro" e com um trato daria para brincar. Detonado, destruido, mas pelo preço é claro que levei para casa. Foram alguns meses de conserto e aprendisado até descobrir como funcionava e o que estava faltando.
Apesar de ser aparentemente um brinquedo fácil de controlar, digo aos entusiasmados que não é. Quando não tem vento tudo que boia é brincadeira para criança, mas quando tem vento, tem que ser gente grande para fazer ele ir para onde você quer e não para onde o vento vai te levar. Preparar cada detalhe é importante porque lá no mar não tem chão para arrumar nada. Um nó mal feito vai resultar em frustração, porque trazer o barco mesmo sendo ete Holder de 12 pés não vai ser uma tarefa fácil.
A empolgação para por o barco na água é acompanhada por todos. Parecia que ia ser fácil. Quando se entra no mar sem ser em uma boia de pneu na beira, temos que considerar uma série de fatores que podem se transformar em um pesadelo. O equipamento é fundamental para se velejar. Quando estamos falando em velejar em Buzios, temos que considerar que não é qualquer equipamento que pode velejar. E ainda temos que ver quem vai comandar o barco. Para Robert Scheidt é fácil. Bicampeão olímpico e octacampeão mundial de iatismo na classe Laser, além de campeão mundial na classe Star em 2007, andar nesta praia mesmo com vento forte, seria simples demais. Mas...
Enquanto arrumávamos o barco, não percebemos que o vento estava aumentando e ainda não tinha chegado no ponto máximo. Com o propósito de fazer com que o Dú pegasse as manhas da montagem não hove tempo para prepará-lo para o mar. O dia estava chegando ao fim e daria para aproveitar pouco velejando. Com a ajuda de todos, pois na mente deles seria uma boa velejar um pouco. Parecia que ia ser uma brincadeira entrar naquele mar com poucas ondas e tranquilo. Mas não foi que aconteceu, Em um minuto o vento já soprava mais forte, fazendo com que as ondas também viessem mais fortes. Nesta praia como em qualquer outra uma onda grande é composte de uma sequencia de ondas mais fortes, normalmente em número de sete ou oito ondas. Aí tudo acalma e na sequencia o mar volta com toda a foça até acalmar de novo. E foi aí que começou a sequencia de erros. O primeiro foi não ter contado a sequencia de ondas para entrar fazendo com que aquela aparentemente tranquila entrada no mar se transformasse no sufoco da foto acima. Ficamos sem pé bem na hora de avançar e as ondas batiam mais fortes do que podiamos aguentar.
Vencida a etapa de enfrentar as ondas, subimos no barco e senti que tinha algo errado. O vento soprava forte, o que é normal em Buzios, mas eu não tinha o conhecimento de como ele se comportava ao longo do dia. Este era o meu segundo dia em Buzios. Tentando dominar o barco, ele se comportava ao contrário do solicitado. Percebi que estavamos sem controle, e o Dú não entendia o que estava acontecendo. Eu estava fazendo o possivel para manter o barco no prumo, mesmo estando ainda próximo da praia. A medida que fomos nos afastando o vento escapava da proteção da ilha e soprava como um furacão.
Mas o fato não era só o vento. Tinha algo que ainda desequilibrava o barco apesar de estar com mais um a bordo. O barco é para velejar sozinho e com dois ele fica grudado na água fazendo com que não vire fácil. Virar faz parte quando se ultrapassa o limite dele. É como se ele dissese começe de novo. A concentração tem que ser máxima. Qualquer vacilo é suficiente para ele te dar um banho de água fria. Quando comecei a velejar aprendi que todos os sentidos neste momento se unem ao sexto: o barco. Isto mesmo, você tem que sentir o barco como parte de você. Velejar depende parte do barco e parte do velejador. Quanto ao velejador a altura, peso, dobra dos joelhos, distancia dos pés etc somados com a técnica vão fazer com que um barco bem ajustado responda ao desejado. Tirando tudo isto o resto que determina o ato de velejar é puro sentimento. Quanto ao equipamento não podemos esperar muito de um conjunto que estava praticamente jogado fora.
O fato do Dú estar a bordo mudava todos os fatores de controle, mas ainda assim a minha concentração estava em verificar o que estava causando tanta instabilidade no barco. Foi quando percebi que tinha alguma coisa errada com o leme. Tinha quebrado uma trava que fazia com que quando eu tentava mantê-lo em uma certa posição, ele ia para outra. Assim de um lado para o outro era preciso reprogramar tudo a todo momento. Como uma hora a direção era uma e outra hora era outra, quase ao mesmo tempo, eu e o Dú também tinamos que nos posicionar a toda hora e aí uma confusão geral.
O vento ficava cada vez mais forte lá fora e o mar cada vez mais crespo e com ondas. O barco jogava de um lado para o outro quando vi que o melhor a fazer era sair fora. Não deu tempo. O barco virou e fomos para a água. Nesta foto acabávamos de desvirar. Na praia a Mari percebeu que a vela sumiu do horizonte e puxou o zoom para nos acompanhar. Desviramos e pulamos para dentro como se estivessemos com o pé no chão. Como isto acontece com um cara de 23 anos é fácil entender. Mas como é que eu faço isto? Pura adrenalina.
Era o batismo dele. Nunca tinha sido jogado ao mar sem saber que iria ser jogado. Tentavamos ficar de todo modo em cima do barco e equilibrando-o. Nesta hora não adianta querer ficar. Tem que cair fora.
Agora era hora de ver se estava tudo bem e fazer um plano para sair sem a ajuda do leme. Não foi fácil e não seria possível se o Dú não estivesse comigo a bordo. Eu tinha passado por uma situação parecida na praia de Zimbros em Santa Catarina quando enfrentei um temporal ficando sem o leme. Pedi que ele fizesse o contrapeso e me agarrei ao leme. Quem olhava na praia pensava que estavamos dando umas voltas e aposto que gritavam que agora era a vez deles cada vez que mudavamos de direção para ir chegando mais perto sem virar novamente. Não podiamos forçar porque foi no braço, segurando o leme que o barco vinha nos trazendo para a praia.
Só nos restou frustrar a todos dizendo que o passeio deles ficou para outro dia. O vento foi acalmando e na praia tudo parecia como se nada tivesse acontecido. Recolhemos o barco e para arrumar todo o tempo até a hora de vir embora. Mas foi bom. Muito bom mesmo assim.
Quando terminamos de arruamr tudo tinha gente passeando de cavalo pela areia, caminhando... O jeito foi pegar o carro e ir até a Cabo Frio comprar camarão no mercado municipal.
Esta é a ponte do canal da Rasa - Buzios. Não avance se o sinal estiver vermelho. Vai ter que voltar de ré. Para muitos ela é motivo de irritação, mas visto com bons olhos, ela já faz parte da cidade sendo já um símbolo de Búzios
No mercado é preciso filtrar algumas imagens, que se mal vistas ficam só no cheiro de peixe característico.
Olha aíiiiiiiiiii !!!
Camarão frito no alho e óleo com casca e tudo. Este negócio de sentar em um restaurante e pedir um prato que vem três ou quatro camarões com um punhado de arroz enfeitado com uma salcinha e uma pitada de maionese é frescura. O bom é assim. Isto acompanhado de uma caipira de vodka, é o que qualquer um gostaria de comer em um lugar destes.
Na praia de Geribá as birutas mostram que o tempo está firme e o vento para minha tristeza, bom para por o barco na água. Mas sem o leme, não houve jeito.
Brincar com a prancha também não foi possível pois as ondas estavam pequenas e ficou só para a Mari tentar levantar na prancha. Tentar !
No mercado compramos mais peixes e a peixada, calderada, seja lá como quiser chamar, quase não deu pro gasto. Peixe, camarão, lulas, mariscos e muito tempero fez a atração do dia.
Aqui vai uma vista da piscina do Resort que com tanta opção ficava quase despercebida.
Olhando de fora, na Praia de João Fernandes vira tudo uma coisa só, o mar, os barcos, a areia, as pessoas, as casas e a vegetação. Em alguns momentos é preciso olhar na direção certa.
Voltando para a areia o dia foi especial. com ostras pla lá e pra cá. Pastel de camarão, Lulas e polvo frito e a bolsa térmica cheia de cerveja.
No mar os barcos de pescadores fazem a fotografia. Para onde olhar tem barcos enroscados uns aos outros.
Para quem quer fazer um passeio de escuna, procure no centro de Buzios, a marina Porto Veleiro ou a marina do Bueno. E onde chegam os barcos dos navios de Cruzeiros. Ele para em várias praias e ilhas para dar um mergulo.
Tradicional em Búzios são os passeios de barco, não deixe de fazer. Neles você poderá apreciar as praias de outro ângulo e maravilhar-se com sua fauna marinha. Mas para quem gosta de barcos só o visual já é gratificante . Ficar vendo o vai e vem perto da praia não tem preço. Geralmente percorrem nove praias do lado norte e as paradas são em João Fernandes, Ilha Feia e Tartaruga, duram 2:30 horas e seu custo é em média R$ 30,00 por pessoa, realizam-se nas tradicionais escunas, outra opção são os semi-rígidos (gomones), estes tem capacidade para 50 pessoas e são habilitados para sair a mar aberto, eles fazem o lado sul e norte da península, percorrem 20 praias e as paradas são em Geriba, Ferradura, Ilha Feia e Tartaruga, neles você terá maior possibilidade de ver fauna por sair a mar aberto, os passeios duram 4 horas e seus preços são em média R$ 50,00.
Guarde dinheiro porque vem mais compras nas praias. As lojas durante o dia passam a sua frente em cabides com todo tipo de roupa.
Tem tudo e para quem quer levar como recordação o barulho do mar, um caramujo é perfeito. Não esqueça que em uma decoração marinha não pode faltar um farol, um barco, um marujo, cartas náuticas e claro que conchas e caramujos.
Um bom papo com quem vende também traz cultura. Você descobre que aquelas sementes da melancia que comeu no dia anterior e jogou fora, hoje valem pelo menos uns R$ 10,00 quando pintadas e presas por um fio de nylon.
Aqui podemos ver aqueles que carregam uns quilos a mais na cintura por não resistir ao cheiro de camarão frito, pastel, isca de peixe... e um chopp bem gelado sem perder nada do que acontece na praia e ficar protegido so sol . Quem não levou um guarda sol, pode alugar um por R$ 10,00. Se lá em cima estiver lotado, fique tranquilo, o serviço dos bares na areia é uma prática comum.
Andar por aí traz surpresas como esta ancora toda marcada pelo tempo em contato com a água salgada.
Buzios também é reconhecido pelas casas de estilo colonial e suas telhas de pontas viradas implantadas como marca registrada do arquiteto Otavio Raja Gabaglia.
Detalhe de barco de pescador na praia da Ferradurinha.
Final do dia na João Fernandes. Sempre dá tempo para mais um mergulho perto das pedras.
O vendedor de birutas !
Geribá, Buzios.
Esta vista é o canto de Geribá. Atrás deste morro fica a praia da Ferradurinha. O acesso é somente por um caminho entre a vegetação, casas de pescadores e condominios ou de barco.
A praia da Ferradurinha assemelha-se a uma piscina natural resultante da retenção das águas, feita pelas pontas da Boca da Barra e Ferradurinha. No extremo esquerdo, ao atravessar as rochas, chega-se a uma pequena praia denominada Praia dos Amores. A extensão da Praia da Ferradurinha é de 100m.
Aqui, a água é azul e transparente. A paisagem é composta de rochedos, que formam patamares em torno da praia.
Aqui a água reflete várias tonalidades e a verde que predomina. É a mistura da areia de fundo amarelado devido as rochas e o azul do céu. Muitos cáctos como vegetação.
Uma das mais encantadoras praias brasileiras. Entre as pontas da Boca da Barra e da Ferradurinha há uma verdadeira piscina natural, de águas claras e rochedos que formam patamares circundando o local.
Um cácto ? Um abacaxi ? Não, é o cabelo desta figura que circula pela praia vendendo artesanato.
De volta ao deck do Buzios Resort com vista para a ilha Feia. A ilha recebeu este nome por ter no lado de fora um paredão de rochas sem permitir por aquele lado o acesso a ilha. Aqui é para ficar olhando para o mar e não pensar em nada. Impossível.
Final da tarde com o vento nordeste batendo nas pedras na ponta da praia Rasa.
Aqui fica a despedida depois de colocar a bagagem no carro e não sobrar espaço para mais um fio de cabelo. Vale lembrar que ainda vai engatado a carreta com o barco.
Buzios é especial.
Tenho boas recordações e o maleiro cheio assim faz lembrar uma outra vez que eu estava chegando a Buzios.
O maleiro de uma Veraneio que estava a frente abriu e começou a derrubar tudo !!!
Mas esta é outra historia...